Ticket médio de carro no Brasil subiu de R$ 55 mil para R$ 71 mil em seis anos
Você sabe o que significa ticket médio? É forma de medir o valor médio que cada cliente gasta em suas compras num estabelecimento. Este valor é determinado pela média entre o montante das vendas e o número de clientes que geraram esse volume de compras no mercado. Exemplo: numa padaria, é algo em torno de R$ 10. Num posto de gasolina, cerca de R$ 100. Nas concessionárias de todo o Brasil, a média em 2017 foi de R$ 71 mil.

Parece um valor muito alto? E é mesmo! E não é porque os preços subiram, muito menos a margem de lucro das montadoras. O que explica esse valor elevado é que houve uma sensível queda nas vendas de carros populares, por conta da recessão econômica desta década. Por outro lado, as pessoas que têm poder econômico para comprar automóveis têm optado por modelos de maior valor agregado, principalmente os SUVs. Isso explica a presença de modelos como Jeep Compass, Toyota Corolla ou Honda HR-V na lista dos 10 mais vendidos. Há alguns anos, o Top 10 era formado basicamente por hatches compactos, como VW Gol, Fiat Palio e cia.
No começo desta década, o ticket médio dos carros nacionais não passava de R$ 55 mil, em valores já corrigidos pela inflação. Ou seja, houve um incremente de quase 30%. Alguma chance de essa média recuar, agora que o mercado nacional está reagindo? Pouco provável. Além da onda SUV estar só começando, verifica-se também as boas vendas de compactos de maior valor agregado, vide o sucesso da nova dupla da VW, Polo e Virtus. Modelos lançados recentemente com preços mais acessíveis, como Fiat Mobi e Renault Kwid, seriam fenômenos de venda em décadas passadas, época em que Uno Mille e Chevrolet Celta vendiam como água. Hoje, modelos “pelados” já não conseguem volumes tão expressivos de vendas.

Quer saber o ticket médio por marca em 2017? Ele revela curiosidades como o ótimo faturamento da Toyota, a Jeep compensando com folgas a perda da liderança da Fiat, marcas com o Land Rover e Volvo com valores superiores aos das alemãs Mercedes e BMW, e ainda a Audi bem abaixo das outras marcas premium.

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