Montadoras investem em misto de SUV e cupê. Saiba como isso ameaça os sedãs
Por GLAUCO LUCENA

Os primeiros utilitários esportivos eram derivados de picapes. Logo, eram bem rústicos, com carroceria construída sobre chassi. Hoje há poucos exemplares dessa era, entre eles o Toyota SW4 e o Chevrolet Trailblazer. Quando alguns se tornaram monobloco, ganharam o apelido de SUV, mas ainda eram grandalhões. Aos poucos foram diminuindo de tamanho e ficando mais próximos dos carros de passeio. O resultado foi a quase extinção de segmentos como peruas, minivans e até hatches médios.
Os sedãs, um dos bastiões da resistência, estão resistindo bem à onda SUV. Mas podem começar a sofrer a concorrência de uma nova categoria emergente que surfa na onda SUV: os crossovers de SUV e cupê. Eles combinam elementos dos utilitários, como robustez e suspensão elevada, mas com visual mais fluido e esportivo, além de condução próxima a de carros de passeio.

A BMW foi a primeira a apostar nesse formato, com o X6 em 2008. A moda nasceu entre marcas premium, mas começa a se espalhar para fabricantes generalistas. A Renault vai produzir no Brasil o Arkana, em 2020, um SUV-cupê que tentará fazer o que os sedãs Mégane e Fluence não conseguiram: desafiar a hegemonia do Toyota Corolla. A Fiat mostrará um conceito parecido no Salão do Automóvel, e outras marcas prometem investidas nessa nova categoria.
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